A Coligação do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) entrou com Representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a remoção de um vídeo que diz que a família do Chefe do Executivo comprou 51 imóveis com dinheiro vivo. O vídeo está sendo veiculada pela Coligação do candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com a Coligação de Bolsonaro, o citado vídeo foi veiculado nessa segunda-feira (05.09) e no último domingo (04), ofendo de forma “gravíssima” à honra e à imagem do presidente da República e de sua família, mas também a reprodução de fato fortemente descontextualizado, “o que reforça a ilegalidade dos atos praticados e o reprovável desrespeito do cidadão quanto ao cumprimento das normas eleitorais, em prejuízo daqueles que se portam conforme o regramento jurídico-eleitoral hodierno”.
O vídeo traz a seguinte mensagem: “Mansão de 20 mil metros quadrados no interior de São Paulo; mansão no Rio de Janeiro; mansão de 6 milhões em Brasília. Esses são apenas 3 dos 107 imóveis comprados pela família Bolsonaro desde sua entrada na política. [...] A investigação da imprensa revelou outro escândalo: 51 desses imóveis foram pagos em dinheiro vivo, no valor atualizado de 25 milhões. De onde vem tanto dinheiro vivo da família Bolsonaro? É um escândalo tamanho família”.
Na Representação, a coligação afirma que o vídeo foi produzido mediante mecanismos sofisticados de indução de pensamentos negativos sobre candidato adversário, degrada a boa imagem de Jair Bolsonaro, “ambicionando imputar, no seio do eleitorado, de forma absolutamente descontextualizada e vil, a (falsa) sensação de que ele e seus filhos são agentes políticos desonestos, porquanto possuem mais de uma centena de imóveis adquiridos no exercício de mandatos eletivos, sendo a maioria comprada por meio de dinheiro em espécie (dinheiro vivo), de origem supostamente ilícita”.
“Reside no fato de que a inserção continua a ser veiculada, podendo produzir nefasto efeito multiplicador rede mundial de computadores contra o Presidente Jair Bolsonaro. A manutenção do vídeo, até o julgamento definitivo da causa pelo Col. TSE, encorpa, massifica e torna o ato ilegal prolongado no tempo, apta a gerar prejuízos eleitorais, no atacado, ao candidato da representante [Jair Bolsonaro]”, diz trecho extraído do pedido ao requerer remoção de vídeo e proibição de divulgação do mesmo durante campanha eleitoral.