A sessão da Câmara de Cuiabá de quinta-feira (13.09) foi marcada, mais uma vez, pelas discussões políticas do que pelos projetos aprovados pelos vereadores da Casa de Leis.
A troca de acusações foi constante durante a sessão no plenário, tudo porque, o vereador e candidato à reeleição Antônio Fernandes (PSDB) acusou o governador Silval Barbosa (PMDB) de pressionar o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), para conseguir apoio do petebista em favor do candidato à prefeito, Lúdio Cabral (PT).
“O governador vem pressionando o prefeito de Cuiabá para conseguir apoio para o Lúdio. Ele disse que caso o prefeito alinhasse com eles nessa eleição, o governo do Estado irá repassar seis meses de recurso para a saúde, adiantado”, disse o vereador.
De acordo com o edil, Cuiabá assim como outros municípios de Mato Grosso – a exemplo de Várzea Grande*, vem enfrentando problemas em relação ao repasse da saúde, que está três meses atrasado na Capital. O Estado alegou que vem tendo dificuldades orçamentárias para enviar a verba para as cidades.
O tucano colocou que a Capital vem passando muitas dificuldades no setor, tanto no atendimento das pessoas quanto no transporte. “O Samu da Capital corre o risco de buscar o paciente e ficar lá com ele, tudo por falta de gasolina, isso não pode ficar assim”, frisou Fernandes.
O vereador relatou ainda, que se Lúdio não tivesse alinhado com a turma do governador do Estado, ele seria um bom candidato à prefeito de Cuiabá e até um bom gestor – se fosse eleito. Ele argumentou que os eleitores de Cuiabá têm que ser livres para escolher o candidato que quiser, sem ser ameaçados.
“O povo não pode sentir ameaçado, caso vote em outro candidato não vai ter saúde, não terá bolsa família, porque o outro candidato não está alinhado com o governo do Estado e nem com o governo Federal”, finalizou o vereador.
Em defesa de Silval Barbosa, o vereador Domingos Sávio (PMDB), disse que durante a gestão do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), a Capital na área da saúde tinha mais funcionários do que paciente.
“Durante a gestão do PSDB em Cuiabá, tinham-se nos postinhos de saúde muito mais médicos parado nos corredores do que paciente, era gente de mais na saúde” revelou o peemedebista.
De acordo com ele, isso ocorria na saúde da Capital porque o setor era um “cabide” de empregos. Segundo Sávio, tinham mais parentes do que funcionários contratados e concursados nas policlínicas. Ele relatou ainda, que durante esta gestão – que foi repassada para Galindo -, foram feitas apenas reforminhas no Pronto-Socorro Municipal.
“Foram feitas nesta gestão apenas reformas no Pronto-Socorro, que sucedeu com a queda do teto da unidade e nada de resolver o problema da saúde”, encerou Sávio.