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Economia Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2013, 08:30 - A | A

Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2013, 08h:30 - A | A

'Prévia do PIB' tem segundo aumento seguido em novembro, revela Banco Central

Na parcial do ano, até novembro, alta foi de 1,68% sem ajuste sazonal

G1.com

O nível de atividade econômica do país registrou crescimento pelo segundo mês consecutivo em novembro de 2012, quando foi verificada uma alta de 0,40% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que tenta antecipar o resultado do PIB.

Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (16) pela autoridade monetária, o IBC-Br, após ajuste sazonal, somou 143,72 pontos em novembro, contra 143,15 pontos em outubro deste ano. De setembro para outubro, o IBC-Br (revisado) tinha registrado alta de 0,39%.

Nos onze primeiros meses deste ano, na comparação com igual período de 2011, foi registrada uma elevação de 1,68% no IBC-Br, segundo dados da autoridade monetária. Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal – considerada mais apropriada por economistas.

Resultado do PIB e medidas de estímulo

No terceiro trimestre de 2011, segundo dados do IBGE, o PIB avançou somente 0,6%. O próprio BC havia informado anteriormente, por meio também do IBC-Br, que esperava um crescimento maior no terceiro trimestre de 2012: da ordem de 1,15%. O resultado também ficou abaixo das previsões do mercado financeiro. Para 2012, a última previsão do mercado dos economistas dos bancos é de uma alta de 0,97%.

O nível de atividade demorou a reagir no ano passado, apesar de uma série de medidas de estímulo anunciadas pelo governo no decorrer de 2012, como a redução do IPI para linha branca e automóveis, além do corte dos juros básicos da economia para 7,25% ao ano (mínima histórica) e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios.

O governo também reduziu, no ano passado, o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, liberou mais crédito para os estados, anunciou um programa de compras governamentais de R$ 8,4 bilhões, e também tomou medidas de defesa da concorrência.

IBC-Br

Antes divulgado por estados e por regiões, desde o início do ano passado o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos.

"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção mais importações)", explicou o Banco Central.

Definição dos juros

O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Com crescimento menor, por exemplo, teoricamente há menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 7,25% ao ano (a menor taxa da história).

Depois de cair desde agosto de 2011, o BC decidiu, em novembro do ano passado, interromper o ciclo de cortes nos juros básicos da economia. Até o momento, a previsão do mercado financeiro é de que a taxa básica não tenha novas quedas neste ano, e que permaneça neste patamar, pelo menos, até o fim de 2013.

Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

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