O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, ficou em 1,24% em março, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice ficou 0,09 ponto percentual menor que o de fevereiro, que foi de 1,33%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi para 7,9%, o maior desde maio de 2005 (8,19%). Em março de 2014, o IPCA-15 havia sido 0,73%. No ano, a taxa é de 3,5%.
Luz, gasolina e comida puxam alta
O índice deste mês foi puxado pelo aumento nas contas da energia elétrica, nos preços dos combustíveis e dos alimentos que, juntos, foram responsáveis por 77,42% do índice do mês, sobre o qual exerceram impacto de 0,96 ponto percentual, segundo o IBGE. Com a elevação de 10,91% na energia elétrica, o grupo habitação (2,78%) ficou com o maior resultado no mês de março.
Luz
O maior impacto individual, no entanto, veio da conta de luz, que subiu 10,91%. Em Curitiba, a alta desse item chegou a 14,89%. A forte elevação é decorrente dos reajustes que passaram a vigorar a partir do dia 2 de março, segundo o IBGE.
Gasolina
Os combustíveis também ajudaram a puxar para cima a inflação do mês, com elevação de 6,25%, reflexo da alta dos preços da gasolina, de 6,68%. Por região, os aumentos da gasolina variaram de 4,41% em Goiânia até 9,22% em Recife. De acordo com o IBGE, a alta da gasolina reflete, nas bombas, o reajuste das alíquotas do PIS/Cofins autorizado a partir de primeiro de fevereiro e que incidiu, também, sobre o óleo diesel, que ficou 4,05% mais caro. O consumidor passou a pagar, ainda, 5,32% a mais pelo litro do etanol.
Alimentos
Nos alimentos a alta foi de 1,22%, sob pressão de vários produtos importantes na despesa das famílias, especialmente cebola (19,07%), cenoura (18,32%), tomate (13,04%), ovos (12,01%), hortaliças (7,62%) e feijão-carioca (4,17%).
Outros itens
Outros itens tiveram impacto no índice do mês, com destaque para seguro de veículo (3,01%), higiene pessoal (2,17%), ônibus intermunicipal (1,82%), ônibus urbano (1,39%), automóvel novo (1,37%), mão de obra para pequenos reparos (1,23%) e eletrodomésticos (0,94%).
Regiões
Curitiba registrou a maior taxa de inflação entre as regiões pesquisadas, de 1,72%, seguida de Fortaleza e Porto Alegre (ambos com 1,38%). Na sequência vêm Goiânia (1,34%), Salvador (1,33%) e São Paulo (1,25%).
Já as menores taxas de inflação foram registradas em Belém, de 0,76%, Brasília (0,82%) e Rio de Janeiro (1,1%).