O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a "inflação oficial" do país, por ser usado como base para as metas do governo, passou de 0,60% em novembro para 0,79%, em dezembro, fechando 2012 em 5,84%, conforme divulgou, nesta quinta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2011, a inflação oficial avançara 6,50% e, em dezembro do mesmo ano, 0,50%.
Entre os grupos de gastos pesquisados pelo IBGE, o de despesas pessoais registrou a maior variação, 10,17%, após fechar em 8,61% no ano anterior. O destaque ficou com o aumento dos serviços dos empregados domésticos, de 12,73%, que exerceram a maior contribuição individual para o avanço do IPCA (0,45 ponto percentual).Também tiveram forte alta os preços de cigarro (25,48%), excursão (15,25%), manicure (11,73%), hotel (9,39%), costureira (7,42%) e cabeleireiro (6,80%).
Na sequência, o grupo de gastos com transportes, que tem o segundo maior peso (19,52%) na taxa, variou 0,48%, após o avanço de 6,05% em 2011. Com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os automóveis ficaram 5,71% mais baratos. "Este item deteve o principal impacto para baixo no índice", disse o IBGE. Já os preços dos automóveis usados ficaram 10,68% menores. Também contribuíram para a formação da taxa os preços dos combustíveis, que caíram 0,72% - o litro do etanol ficou 3,84% mais barato e o da gasolina, 0,41%. Na contramão, subiram os preços das passagens aéreas (26%); do seguro de veículo (7,78%), das tarifas de ônibus intermunicipais (6,35%), das tarifas de ônibus urbano (5,26%) e do conserto de automóvel (5%).
O grupo de alimentação e bebidas, que tem o maior peso na composição do IPCA e por meio do qual as famílias mais percebem o peso da inflação, subiu 9,86% - acima da taxa de 7,18% registrada em 2011.