Nesta quarta-feira (05.07), o Instituto de Geografia e Documentação (IGHD) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) promoveu a palestra: A violência no cotidiano das relações universitárias, uma palestra de extrema relevância considerando o atual contexto de violência nas escolas.
A palestra, que faz parte do evento das atividades de recepção aos calouros do instituto, foi realizada pela psicóloga e professora Dra. Jane Cotrin e teve como objetivo principal a discussão das diversas formas de violência presentes no ambiente universitário.
Com o intuito de sensibilizar os futuros professores, o evento abordou temas contemporâneos e pertinentes à vida cotidiana dos estudantes, visando formar profissionais conscientes e engajados na promoção de um ambiente educacional saudável.
A palestra despertou grande interesse entre os participantes, como o calouro de Geografia, João Paulo, que expressou sua opinião sobre o evento: "Eu achei bem interessante, achei necessário essa palestra, porque ela trata de um assunto bem polêmico e atual, um assunto que precisa ser discutido, então eu acho que essa palestra abre a mente e a cabeça das pessoas"
A importância do evento para a formação dos futuros professores dentro do IGHD foi ressaltada pelo Prof. Dr. Marcus Cruz, diretor do instituto. Segundo ele, "a questão da violência é um tema que atravessa a sociedade como um todo, e a universidade, ao formar docentes e profissionais para a sociedade, precisa estar atenta a essas questões".
O diretor destacou que a formação profissional não se restringe apenas à sala de aula, mas também ocorre nos espaços onde atividades como essa são desenvolvidas. Discutir temas contemporâneos relacionados à violência é fundamental "para preparar os estudantes não apenas como alunos, mas também como cidadãos conscientes em uma sociedade em constante transformação", Ressaltou o diretor
O Prof. Dr. Dener Toledo, coordenador do curso de Geografia Bacharelado, enfatizou a importância do evento no contexto atual de violência no ambiente escolar. Ele ressaltou que o evento é fundamental para que todos os envolvidos no meio acadêmico, tanto estudantes quanto professores, tenham conhecimento das situações que não condizem com os objetivos formativos da universidade.
Além disso, o coordenador destacou a importância de oferecer recursos e mecanismos para melhorar as relações dentro da instituição e reduzir "práticas como o racismo, a homofobia, a misoginia e o etarismo, que não estão alinhadas com os valores de fortalecimento e formação do ser humano", disse o professor.
A professora Jane Cotrin, do Departamento de Psicologia, ressaltou a necessidade de trazer essa discussão para o ambiente educacional. Segundo ela, a educação tem o desafio de romper com as práticas que adoecem e privam grupos de seus direitos, e eventos como esse são fundamentais para criar uma cultura contra a violência e suas diferentes formas, como o racismo, a homofobia, o assédio e o capacitismo.
Cotrin enfatizou que "a universidade possui as condições científicas e o dever de desvelar a violência, em vez de naturalizá-la", promovendo assim uma educação comprometida com a transformação social.
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