O prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), extrapolou na contratação de servidores comissionados e temporários – inchando a folha de pagamento da Prefeitura -, e quem acabou “pagando o pato” foram os enfermeiros, técnicos de enfermagem e diretores escolares, que tiveram benefícios garantidos pela Constituição cortados de seus salários.
De acordo com fonte do VG Notícias, se Walace pagasse a folha de pagamento de maio com todos os benefícios constitucionais, iria ultrapassar mais de 6% do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A fonte afirma que houve falta de planejamento do prefeito, que deveria ter feito um estudo junto com seus secretários e reduzido o número de servidores, principalmente, os temporários lotados na Saúde e Educação.
Conforme a LRF, o município somente pode aplicar 54% do que for arrecadado com impostos, porém, em Várzea Grande, segundo a fonte, a folha de pagamento estaria em 60% se incluísse os benefícios. Os limites são estabelecidos justamente para evitar o mau uso do dinheiro público.
A fonte disse ainda, que Walace não deve conseguir pagar a folha complementar – prevista a ser quitada na próxima semana. Segundo a fonte, caso ele quite essa folha complementar, ela somará com a folha de maio e irá complicar o prefeito perante o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT).
“Com esse limite com pessoal ultrapassado, Walace pode até perder o mandato e ficar inelegível, por cometer improbidade administrativa, ou seja, ele foi irresponsável com o dinheiro público” destacou a fonte.
Além dos 40% de adicional de insalubridade, Walace deixou de pagar aos profissionais adicionais por tempo de serviço, e de conceder reajuste salarial conforme prometido aos enfermeiros e técnicos de enfermagem. Segundo a fonte, o prefeito somente não cortou os benefícios dos médicos, pois teve medo da “revolta” da categoria.
Por conta dos cortes, os enfermeiros e técnicos de enfermagens decidiram paralisar as atividades nesta segunda-feira (02.06) por tempo indeterminado. Já os profissionais da Educação que também foram prejudicados com os cortes – irão realizar assembleia geral na quarta-feira (04.06), mas já estão 90% certo que entraram em greve, segundo dirigentes do Sintep/VG.
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