Montagem
A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, afirmou nesta segunda-feira (26.03), em depoimento ao juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Militar, que somente teve conhecimento que tinha autorizado interceptação telefônica de Tatiane Sangalli, suposta ex-amante do secretário-chefe da Casa de Civil, Paulo Taques, e que ficou sabendo por meio de um assessor.
Em depoimento, Selma Arruda explicou que a Operação Forti, no qual teria ocorrido o grampo de Tatiane Sangalli, foi realizada em 2015 com objetivo de investigar ameaças de uma facção criminosa.
A magistrada disse que na época da operação não teve conhecimento sobre a inserção dos números de Tatiane Sangalli e Caroline Mariane dos Santos (ex-secretária de Paulo Taques), e que ficou sabendo quando um assessor percebeu os dados telefônicos delas nas ações das operações Forti e Querubin. Selma afirmou que ao saber do caso o remeteu para a Corregedoria da Justiça.
Ela contou que no âmbito da Operação Forti as primeiras interceptações telefônicas foram realizadas a pedido da delegada Alana Cardoso, e que perduraram apenas pelo período de 15 dias. Em seguida, o delegado Flávio Stringuetta, pediu autorização para fazer interceptações de mulheres sob o argumento de que elas estariam “tramando” junto com o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro contra o governador Pedro Taques.
Selma recordou no depoimento que a delegada Alana Cardoso e o investigador de polícia Rafael Meneguini, foram as pessoas autorizadas a ouvirem as interceptações.
Ainda em seu depoimento, a juíza disse que encontrou o cabo Gerson Corrêa no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), e que até repassou ao mesmo ameaças que tinha sofrido e que seriam investigadas.
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