O secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, alertou a população nesta sexta-feira (19.06), sobre o risco da automedicação, ao ser questionado da facilidade do público ter acesso ao dexametasona, aplicado em pacientes considerados graves de COVID-19.
Conforme estudo feito pela Universidade de Oxford, o medicamento se mostrou efetivo e seguro na redução de mortes por COVID-19, para pacientes em ventilação mecânica e hoje, alguns hospitais já usam dexametasona para tratar os pacientes substituindo a cloroquina.
“Eu não vou nem citar o nome do medicamento, para não animar as pessoas a usarem. Pessoas que são assintomática, pessoas com sintomas leves observem, ontem já saiu um estudo, que para essas pessoas que não estão em estado grave, que essa medicação piora, corre até o risco de agravar a situação”, alertou o secretário.
Gilberto enfatizou que o único responsável em prescrever medicamentos é o médico, que estudou e se preparou para isso: “Vamos deixar bem claro, quem prescreve os remédios são os médicos, não será o prefeito que é advogado, não vai ser o administrador porque é secretário de saúde, nem o governador que é engenheiro, quem vai continuar prescrevendo são os médicos”, destacou.
Quanto ao uso preventivo da ivermectina para eliminação de 97% do coronavírus, apontada por infectologistas, Gilberto destacou que não existe nenhum estudo científico, que assegure a eficaz do medicamento.
“Não existe nenhum estudo científico feitos até agora com receptividade de medicamento nenhum. Todo estudo científico não é de 30 dias, é de muito tempo. Então, existem iniciativas muito primárias que não podem assegurar com certeza a eficiência de algum tipo de medicamento. Não existe medicamento para tratamento de Covid-19 no mundo, se tratam sintomas mas não efetivamente, se tratam a causa”, afirmou.
Kit-Covid - O secretário também opinou sobre a distribuição de remédios em "Kit-Covid" e disse ser favorável a distribuição se tiver um médico prescrevendo.
“Cada município tem uma autoridade sanitária, o prefeito e o secretário de saúde e tem o médico responsável, ele vai decidir se vai dar um pacotinho ou uma receita. Agora eu, o secretário de Saúde, adotar medidas, fazer postos de distribuição de remédio, não vai acontecer. Poderá acontecer se tiver um médico do lado prescrevendo o remédio, não é fazer um kitizinho de remédio e sair distribuindo em sinaleiro, não tem lógica, é crime e eu não vou fazer isso”, disse o secretário.
Estoque – Figueiredo garantiu que não está faltando medicamentos para Covid-19 no Estado, mas alertou que isso poderá ocorrer devido ao problema de desabastecimento no mundo.
“Quanto à falta de remédio é importante frisar que tem muita fake news por ai. É correto afirmar que existe um problema de falta de medicamento no país. Falta medicamento na rede privada e pública, agora, na responsabilidade do Governo do Estado não está faltando medicamento. Agora pode vir a faltar, se o Ministério da Saúde não resolver o problema de abastecimento, o país não está conseguindo fazer as importações”, disse o secretário.
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