O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo enfatizou na manhã desta terça-feira (28.12), durante entrevista coletiva, que a decisão de alguns prefeitos em realizar festas de Réveillon é de altíssimo risco para população, pois segundo ele, alguns municípios têm baixa cobertura vacinal contra a Covid-19 e outros nem medicamentos para o surto gripal têm.
Gilberto disse que o Governo de Mato Grosso já fez sua parte orientando, e tanto ele [secretário] quanto o governador Mauro Mendes (DEM) já se posicionaram, mas infelizmente os gestores têm essa autonomia e responsabilidade por essa decisão e será deles também as consequências.
“Isso não é novidade para nenhum gestor saber das consequências que têm em promover eventos desta natureza. Tem município que não tem medicamento e pede socorro todo dia, e de repente promove um evento desta natureza, no dia seguinte eu sei qual é a consequência na população”, ressaltou.
Questionado sobre boatos de falta de medicamentos em alguns municípios, Figueiredo disse que as farmácias já estão colapsando no que diz respeito a fornecimento de medicação para tratamento da Influenza, as unidades de saúde já superlotadas, e ainda tem municípios pequenos com pequena estrutura de atendimento de atenção básica de saúde e promovendo eventos desta natureza, ou seja, “vão acabar sobrecarregando o sistema de saúde nos principais municípios, pois é para onde a população corre para ser socorrida”.
Gilberto completou: “Enfim, é triste verificar que num momento que nós fizemos um grande sacrifício para controlar a pandemia da Covid-19 e agora nós estamos vendo flexibilizações imprudentes acontecendo Brasil a fora”.
O secretário frisou que festas de Réveillon vão existir, assim como vai existir o Carnaval, mas sugere contenção e prudência na realização. Segundo ele, é importante que as medidas tomadas para conter a Covid-19 sejam as mesmas para conter a Influenza.
Ele pediu que as pessoas tenham prudência e continuem utilizando as máscaras, evitando aglomeração para que não volte a colapsar o sistema de saúde, pois na atenção básica, que é onde essas pessoas vão ser recebidas inicialmente já estão colapsando.
"O que nós estamos sugerindo é que não haja grandes eventos e festas com aglomerações de pessoas, porque já está comprovado que não existe controle sanitário nenhum. Basta aqui pertinho de Cuiabá, para ver o que acontece final de semana, as pessoas praticamente sem nenhuma proteção e aí o vírus vai aumentando e vai trazendo mais angustia à população.
Questionado ainda qual é a gravidade H3 N2 e se terá vacina, Gilberto explicou que é uma infecção respiratória que pode trazer consequências mais graves, tal como a pandemia da Covid-19 e carregar o sistema de saúde.
Quanto à vacina, ele disse que a dose de H1N1 não foi produzida para atender a H3 N2, e a vacina para essa ceipa deve chegar à rede básica de saúde, no Plano Nacional de Imunização (PNI), lá para o mês de maio de 2022.
“Então as pessoas que tomaram a vacina da Influenza H1 N1, elas têm uma certa proteção, mas não contra essa variante”, concluiu Gilberto Figueiredo.
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