VG Notícias
Secretária de Assistência Social de Várzea Grande, Eliamara Zeferini
A secretária de Assistência Social de Várzea Grande, Eliamara Araújo em entrevista ao VGN nesta semana, relatou que aguarda uma nova flexibilização do decreto municipal, para fomentar o programa “Emprego Solidário”, que irá atender 52 famílias alojadas no ginásio municipal desde 16 de dezembro de 2020, quando foram "expulsos" do Residencial Colinas Douradas, situado no bairro Tarumã.
Segundo Eliamara, caso as famílias se recusem, será reduzida a entrega das cestas básicas no local.
“A partir de 20 de maio, que flexibiliza a situação do decreto, avaliamos voltar com o emprego solidário e dar mais uma chance para quem quer se cadastrar. Em caso de uma segunda negativa dos que não querem realmente pensar em trabalho, estaremos amparados até para reduzir as cestas básicas no local”, afirmou a secretária.
Entretanto, após análise de cadastro, a Secretaria constatou que muitos recebem auxílio emergencial: “Alguns recebem e por isso que diminui as cestas básicas para o local”, afirmou Eliamara.
Leia mais: Há quatro meses, famílias em VG seguem “alojadas” em ginásio com futuro incerto; Prefeitura nega responsabilidade
Ainda durante a entrevista, Eliamara Araújo relatou que 80% da população que solicitou cestas básicas por meio do “Disque Fome” (número disponibilizado pela Prefeitura de Várzea Grande para solicitar cestas básicas) já recebia outros benefícios.
“É o que aconteceu com o telefone emergencial do disque fome, porque muitas pessoas que ligaram, praticamente 80% já possui algum tipo de ajuda do Governo, então, para essas pessoas não tem como dar cestas básicas. Nós estamos com 9 mil cestas, dessas já entregamos praticamente 3 mil cestas, estamos tendo um cuidado para que chegue na pessoa que realmente esteja em um estado de vulnerabilidade”, afirmou.
Eliamara Araújo explicou que por meio do sistema é possível detectar se a pessoa cadastrada já recebe outros benefícios, bem como é possível também identificar por meio de visitas no local.
“Mesmo indo in loco por exemplo ontem, a equipe foi em uma casa, era 15 horas (três da tarde) e a senhora, embora não possuísse nenhum benefício do Governo, estava com ar condicionado ligado. As assistentes na hora falaram: para estar com ar condicionado ligado às três horas da tarde é porque tem condições de comprar comida. Nesse caso, a gente já não deixa. Emitimos até mesmo nota pedindo a compreensão nesse momento tão difícil”, afirmou.
Leia mais: Primeira-dama entrega cestas básicas para 300 artesãos de Cuiabá e Várzea Grande
Segundo a secretária, cerca de 30 famílias são atendidas por meio de diligências. O mapeamento para identificar as famílias foi realizado no bairro Princesinha do Sol, Vila Arthur, Vitória Régia e nas regiões de grilos no município, bem como, pelo cadastro na maternidade pública.
“São pessoas que não têm condições de ligar no disque fome, porque não tem condições nem de comprar um cartão celular. Quando visitamos, se tem criança, cadastramos no programa ‘Criança Feliz’, os que podem ser referenciados nós colocamos na referência, os que podem ser cadastrados no Bolsa Família a gente já cadastra também. É assustador o número de pessoas que são de extrema pobreza no município. Essas pessoas não são alcançadas por nenhum programa do Governo”, relatou a secretária.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
