A mulher que foi morta a marteladas pelo marido no dia 25 de junho no apartamento do casal em Vila Isabel, na zona norte do Rio, acreditava que ele sofria de um problema espiritual, segundo a defesa do suspeito. De acordo com o advogado de Mário Henrique Rodrigues Lopes, de 28 anos, ele vinha tendo surtos psicológicos, mas a mulher, Talita Juliane Peixoto Paiva, de 24 anos, por falta de informação, achava que a solução estaria em um exorcismo.
Segundo o advogado do suspeito, Rogério Rabe, ele estava agindo durante dez dias fora do normal, mas Talita não pensou na possibilidade de se tratar de um problema psicológico.
— Ela procurou um pastor e pessoas da igreja que prometeram curá-lo por meio de orações. Ela estava dentro da igreja e resolveu exorcizá-lo ou chamar alguém para exorcizar.
De acordo com Rabe, o casal tinha uma boa relação e não havia relatos de pessoas próximas de brigas por ciúmes.
— Eles não tinham problema nenhum. Ele teve algo psicológico mesmo.
Mário Henrique está internado no Hospital Psiquiátrico Roberto Medeiros no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste. Segundo Rabe, se ele for considerado doente mental, Mário permanecerá no mesmo hospital até que possa receber alta.
Ainda será realizada uma nova perícia para outra análise do caso a pedido do juiz responsável.
De acordo com as investigações, Mário Henrique cometeu o assassinato e fugiu do apartamento, deixando a porta aberta. Ele foi preso depois de se envolver em uma confusão com um taxista em Copacabana, que chamou a polícia.
Uma vizinha contou que ouviu Talita pedir socorro durante a madrugada, enquanto Mário ordenava que ela calasse a boca. De repente, os gritos pararam. O casal estava casado havia um mês.
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