Moradores do município de Carlinda e Alta Floresta (a 790 km de Cuiabá) reivindicam isenção do pedágio cobrado pela Concessionária Via Brasil MT, responsável pela administração das rodovias estaduais (MT-320 e MT-208), em Mato Grosso. Atualmente, o pedágio custa R$ 10,10 aos motoristas que trafegam entre as cidades. A distância entre Carlinda e Alta Floresta é de 35 quilômetros.
O vereador de Carlinda (a 724 km de Cuiabá), Manoel Rodrigues de Sousa, Nelo Sousa (PSC), recebeu relatos de moradores de Carlinda, cidade vizinha a Alta Floresta, indignados com o estado de conservação das rodovias (buracos) e o valor cobrado, para quem trabalha em cidades vizinhas e tem que passar nas Praças de Pedágios pelo menos duas vezes ao dia.
Um dos relatos é de uma mãe, que conta que seu filho precisa passar pelas praças de pedágio todos os dias, e, em razão das péssimas condições do asfalto, ainda precisa custear com a manutenção da moto. “Será que as pessoas que moram aqui em Carlinda e trabalha em Alta Floresta consegue isenção do pedágio? Meu menino trabalha em Alta Floresta, vai e volta todos os dias. E ele tem que pagar o pedágio, além disso, como está a situação dessas estradas? Muito buraco né, esse dia ele bateu o pneu da moto quando voltava em uma noite de chuva, detonou o pneu da moto, além de ter que pagar o pedágio ainda ficou com prejuízo da manutenção”, reclamou a moradora Valdelicy Faris Lisboa.
O vereador Nelo Sousa contou ao , que os moradores dependem de diversos serviços na cidade vizinha. “Aqui não temos isenção de nada e dependemos de Alta Floresta para tudo, é banco, órgãos federais, Delegacia Civil, INSS, Ibama, Sema, faculdades e hospital. Então, é um desespero para o nosso povo mais carente, eles são os que mais sofrem. Além dos que trabalham na cidade vizinha, temos pessoas doentes, que depende de ir e vir todos os dias e precisam pagar o pedágio”, contou o parlamentar
Ele gravou vídeo mostrando as péssimas condições das MTs 208 e 320, no trecho de Alta Floresta a Nova Santa Helena. Segundo ele, os buracos são imensos, e causa mortes, acidentes, lentidão e prejuízo aos motoristas. O parlamentar também solicita a implantação de radar com velocidade no mínimo 40 km nos trevos de acesso.
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Outro lado - Em relação aos buracos, a administradora Via Brasil MT, responsável pela administração das MTs, informou que mantém quatro equipes trabalhando constantemente na manutenção da rodovia, para enfrentar o período chuvoso, em especial nos trechos, que ainda não passaram pela recuperação do estrutural do pavimento, previstas para serem realizadas até 2027. "Quanto aos acidentes, a concessionária já vem trabalhando em pontos mais críticos, assim como no desenvolvimento de campanhas educativas, dado que a grande maioria dos acidentes advém de desrespeito às leis de trânsito."
O secretário da Infraestrutura, Marcelo de Oliveira - popular Marcelo Padeiro, disse ao , que a fiscalização desta concessão é de responsabilidade da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager). A reportagem encaminhou mensagem ao presidente da Agência, Luis Nespolo, mas não houve manifestação ainda. A reportagem continua no aguardo.
Em nota, a Ager informou que está fiscalizando, para, posteriormente, notificar a Concessionária. "Quanto a solicitação de informações sobre a MT-320 e MT-208 respetivo as medidas tomadas em relação à quantidade de buracos na rodovia, informamos que no momento estamos fiscalizando e posteriormente a Concessionária será notificada e ocorrerá a abertura de um processo administrativo", diz nota encaminhada pela assessoria.
Quanto a reivindicação de isenção do pedágio, considerando, segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra), uma previsão legal, cabe somente a Via Brasil MT conceder o benefício. Porém, não tivemos resposta da assessoria até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
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