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Cidades Segunda-feira, 24 de Junho de 2024, 16:04 - A | A

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sem respaldo

Metropolitano nega vagas e deixa pacientes nos corredores do Pronto-Socorro de VG

O PS/VG atende pacientes com politrauma até casos de simples dor de ouvido

Gislaine Morais & Angelica Gomes/VGN

Sem o apoio da Central de Regulação do Estado de Mato Grosso e do Hospital Metropolitano, o Pronto-Socorro de Várzea Grande (PS/VG) enfrenta superlotação, mas ainda realiza pelo menos 60 cirurgias ortopédicas eletivas por semana. Essa situação é agravada pela negativa de vagas por parte do Metropolitano, segundo o diretor da unidade, Ney Provenzano.

Conforme o diretor, o Hospital e Pronto-Socorro é uma unidade de portas abertas, atendendo desde pacientes com politrauma até casos de simples dor de ouvido. No entanto, devido à alta demanda de pacientes da baixada regulados pela Central do Estado, que não libera vagas em outras unidades de saúde, muitos acabam vindo para o PS/VG. Isso impacta diretamente a qualidade do atendimento prestado.

Provenzano destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) é uma responsabilidade tripartite, envolvendo os governos federal, estadual e municipal. Ele detalhou que Várzea Grande precisa de uma retaguarda, pois não está conseguindo dar continuidade ao atendimento dos pacientes, uma vez que o Hospital Metropolitano não libera vagas.

Ney mencionou que, apesar de o Hospital Metropolitano ser uma grande unidade que poderia ajudar significativamente, o suporte oferecido é mínimo. Provenzano relatou dificuldades até mesmo para entrar em contato com a diretora do Metropolitano, Cristiane de Oliveira Rodrigues, mesmo quando há pacientes intubados precisando urgentemente de vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Às vezes estou com três, quatro pacientes intubados precisando de vaga na UTI e não consigo. A central não tem vaga, o Metropolitano não tem vaga, e isso acaba impactando nossa unidade de saúde”, desabafou Ney.

O diretor do PS/VG afirmou que, por determinação do prefeito Kalil Baracat (MDB), nenhum paciente deve ficar sem atendimento. No entanto, isso sobrecarrega os limites físicos e estruturais da equipe médica e de enfermagem.

“Nós atendemos todos, mas às vezes não conseguimos dar continuidade ao tratamento. Precisamos lembrar que o atendimento de alta complexidade é responsabilidade do Estado, e nós não conseguimos o respaldo necessário”, reforçou Ney.

Provenzano explicou que, devido à falta de apoio do Metropolitano, o Pronto-Socorro realiza cerca de 60 cirurgias ortopédicas eletivas por semana, além de cirurgias gerais eletivas, como as de hérnia e vesícula, que somam entre 18 e 20 por semana. Atendendo a um pedido do prefeito Kalil, a unidade também começou a realizar cirurgias pediátricas, devido à longa fila para procedimentos como cirurgia de hérnia e fimose.

Denúncia aponta que enquanto o Pronto-Socorro está lotado, o Hospital Metropolitano está vazio

Em resposta a uma denúncia recebida pela reportagem do , que afirmava que o Hospital Metropolitano estaria “vazio” enquanto o Pronto-Socorro enfrentava superlotação, Ney afirmou que ouviu relatos de alguns médicos que trabalham em ambas as unidades, mas não deu detalhes ou nomes. Ele mencionou que não conhece a capacidade de atendimento do Metropolitano, lembrando que ele atende todo o Estado.

Contudo, Provenzano enfatizou que o Pronto-Socorro está localizado em Várzea Grande, município onde também se encontra o Hospital Metropolitano.

“Estamos dentro do município e, como eu disse, somos portas abertas e resolvemos problemas de muitos municípios da baixada”, concluiu Ney Provenzano.

Outro lado

A reportagem do entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que informou que a demanda foi encaminhada ao setor responsável, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.

Atualizada às 09h12 - Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), por meio do Hospital Metropolitano, informa que é inverídica a acusação. De janeiro a maio de 2024, o Hospital Metropolitano realizou 225 cirurgias em pacientes transferidos de unidades do município de Várzea Grande. Deste total, cerca de 70% eram pacientes ortopédicos.  

"O Hospital Metropolitano também atua como referência na especialidade de ortopedia para todas as unidades do Estado", diz trecho da nota.

 

 
 
 
 

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