O Centro de Convivência dos Idosos de Várzea Grande – Vovô Zeid, ganhou uma nova história no começo de 2022. Após um ano e meio fechado, o espaço enfim abriu as portas, e em três meses já atende 125 idosos entre os períodos matutino e vespertino. A terceira idade que frequenta o local pode contar com 17 oficinas, entre elas pintura, crochê, teatro, música, além de hidromassagem, ginástica e pilates, entre outros.
O espaço foi entregue no ‘afogadinho’ em 31 de dezembro de 2020, pela ex-prefeita Lucimar Campos (União), com obras inacabadas. Na época ela alegou que no máximo em 15 dias o local estaria funcionando, porém, com problemas com a construtora, a obra foi sendo empurrada. A pandemia da Covid-19, a preocupação na contaminação em massa entre idosos também atrasou a entrega oficial. Leia matéria relacionada - Em último ato, Lucimar inaugura Centro de Convivência de Idosos com nome de seu pai
O esteve no local, e conversou com a coordenadora Keli Cristina Batista, que explicou como estão sendo realizados os atendimentos nesses três meses de atividades 100%, mesmo ainda com restrições devido à Covid-19.
Segundo Keli, no período da manhã os idosos são recebidos com café da manhã às 07 horas, em seguida eles seguem para as salas para realizar as atividades e ainda almoçam antes de retornarem para suas residências.
Já no período vespertino, os idosos também têm o momento das atividades, café da tarde e o jantar antes de irem embora. As refeições são feitas no refeitório climatizado.
Ela ainda explicou que na unidade, um grupo formado por uma equipe técnica, com psicólogo, assistência social, enfermeiro e médicos que atendem os idosos a cada 15 dias, estão à disposição no Centro de Convivência.
Questionada como seria a seleção, se teriam idosos na fila de espera e quando seriam chamados, a coordenadora disse que a terceira idade não está ali para um curso com data para terminar, e sim um espaço aberto para quem queira permanecer.
“Dentro de um Centro de Convivência não existe curso, a unidade é incluída no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo. Aqui não estamos formando idosos para serem profissionais, nós estamos trazendo o idoso para um convívio que eles muitas vezes não têm na sociedade. Estamos tratando, cuidando e amando esse idoso”.
Quanto a lista de espera, ela explicou que são mais de 200 idosos aguardando uma vaga. “A procura está enorme, e nem é só de Várzea Grande, temos também de Cuiabá.
Keli ressaltou que ainda em decorrência da contaminação e proliferação da Covid-19, a unidade está tomando as medidas necessárias, e ainda não estão lotando as salas. “Quando a gente vê que a pandemia está diminuindo mais ainda, aí nós vamos chamando os idosos, pois aqui é um lugar muito bonito para o idoso, um lugar especial”.
O ainda teve a oportunidade de conversar com duas idosas, dona Delice e dona Ana Maria. Animadas, elas contaram um pouco como é estar no Vovó Zeid, o que mudou e o que elas ainda almejam no espaço.
Dona Delice frequenta há dois meses o Centro de Convivência no período vespertino. A idosa disse que é muito bom e maravilhoso passar a tarde inteirinha ali. “Eu estou fazendo crochê, já estou aprendendo, mas tem pintura, tem dança e agora vai ter hidromassagem. O Centro de Convivência é muito bom, bom mesmo, e as funcionárias são excelentes, as meninas que atendem aqui tem um cuidado todo especial conosco, aqui é nota 10!”, declarou dona Delice.
Para dona Ana Maria, que sentia sozinha em casa, o Centro de Convivência se tornou seu lugar preferido. Ela contou que morava em Cuiabá e se mudou para casa do filho em Várzea Grande a pouco tempo.
Mas segundo ela, lembra o dia que passou em frente ao Vovô Zeid e seu filho disse: “Mãe, é aqui que a senhora vai estudar, a senhora vai ficar estudando aí para se distrair com outras pessoas”.
Dona Ana disse que quando entrou começou na sala de pintura, mas como nunca tinha feito crochê, a atividade lhe chamou atenção e agora ela está aprendo e gostando muito.
“Hoje eu estou aqui dando graças a Deus desse Centro de Convivência. Eu moro com meu filho, mas ele trabalha né. Então, nem Deus a deixar eu sair daqui, aqui é muito bom”, conclui a idosa Ana Maria.
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