O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (08.11), declarou ser possível que o Governo de Mato Grosso faça uma avaliação em dezembro, quanto à retirada do uso obrigatório da máscara de proteção.
A declaração de Gilberto foi após ser questionado em relação à fala do responsável da pasta de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo Barros, que falou há alguns dias sobre a possibilidade da retirada das máscaras no município.
Segundo Figueiredo, os gestores têm autonomia para tomar decisões dentro dos seus territórios, e lembrou que o Estado está em queda substancial nos números de casos de infectados pela Covid-19, óbitos e internações. “Eu acho sim, que será possível em dezembro fazermos uma avaliação até de âmbito estadual”.
O secretário citou ainda, que o Comitê de Operações de Emergência, o COE da Covid-19, também está sendo tratado desse assunto. “Eu torço para isso ser possível, que nós tenhamos até lá uma grande cobertura vacinal no Estado, e que o número de casos continuem diminuindo de forma substancial, tal como o número de óbitos. Nós já temos dois dias consecutivos sem óbito registrado, então isso é um bom sinal”, frisou ele.
Indagado em relação à descompatibilização de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19, no Estado, Figueiredo explicou que como Mato Grosso está tendo uma demanda baixa por leitos de UTI, é natural que esses leitos voltem a servir a saúde como serviam antes da pandemia do coronavírus.
“Não adianta ficar com uma série de leitos bloqueados para atender Covid-19, se não é a demanda. A oferta está relacionada com a demanda existente. Então nós vamos desligando leitos de UTI Covid, pois não podem compartilhar com outras enfermidades”, declarou.
Gilberto completou: “Já estamos licitando para contratar novos leitos de UTIs neurológicas, cardíacas, enfim, melhor a estrutura de saúde com os leitos que estavam antes sendo bloqueados sobre a Covid-19”.
Questionado se o Governo Federal tem a intensão de continuar pagando esses leitos, o secretário disse que o Governo paga leitos em que o plano de contingência do Estado decide que precisa.
Então segundo ele, toda vez que Mato Grosso desativa um leito, o plano de contingência é atualizado, assim como o Ministério da Saúde, que é quem decide se continua pagando ou não. “Para o Governo do Estado, pagar por leitos de UTIs desnecessariamente é rasgar dinheiro público”.
Ao finalizar, Figueiredo ressaltou que hoje no Estado, já desativou praticamente a metade dos leitos que tinham em Mato Grosso. “Tínhamos 600 e hoje estamos bem abaixo da metade”, concluiu.
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