Famílias de posseiros que ainda resistiam à ordem da Justiça para deixar a terra indígena Marãiwatsédé, em Posto da Mata, distrito de Alto Boa Vista (MT), passaram o dia ontem desmontando suas casas e juntando móveis.
Após confrontos no início da operação, no mês passado, o clima foi tranquilo no último dia que as famílias tinham para sair da área, mas nem todos conseguiram fazer toda a mudança.
"Está todo mundo saindo calado, apesar da humilhação", disse o prefeito Leuzipe Gonçalves (PMDB).
A prefeitura alojou em escolas cerca de 60 famílias que não conseguiram novas moradias. Cerca de 2.400 não índios viviam na terra indígena.
A operação deve se estender pelo fim de semana. A Secretaria-Geral da Presidência da República havia informado que quem não saísse até as 23h59 de ontem teria os bens confiscados e responderia por desobediência.
Houve dificuldade até para contratar caminhões de mudança. Os três veículos do governo federal não foram suficientes. Moradores dizem que nem viram os caminhões e tentaram fazer a mudança sozinhos.
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