A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) julga nesta quarta-feira (28.02) os recursos de apelação do empresário Rogério da Silva Amorim e Paulo Ferreira Martins, condenados pelo assassinato e ocultamento do cadáver da adolescente Maiana Mariano Vilela, ocorrido em 2011.
Rogério da Silva Amorim, que segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), mantinha um relacionamento com a vítima, foi sentenciado em outubro 2016 a 20 anos e 3 meses de prisão, como sendo o mandante do crime. Atualmente, ele responde o processo em liberdade.
Paulo Ferreira Martins, que confessou ter asfixiado a adolescente, foi condenado a 18 anos e 9 meses por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Os advogados de defesa de Rogério da Silva e de Paulo Ferreira ingressaram com Recursos de Apelação para tentar anular a sessão do júri comandada pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá.
Os recursos serão julgados pelos desembargadores Juvenal Pereira da Silva, Luiz Ferreira da Silva e Gilberto Giraldelli.
Pedido do MP – No processo consta ainda, que o Ministério Público requereu que Carlos Alexandre da Silva Nunes seja novamente submetido ao Conselho de Sentença, pelo fato dele ter sido absolvido do crime de homicídio qualificado.
Carlos Alexandre confessou ter ajudado a enterrar o corpo de Maiana Mariano, sendo condenado 1 ano e seis meses em regime aberto por ocultação de cadáver.
Segundo o MPE, Carlos Alexandre também teria participado da morte da adolescente, uma vez que um vídeo mostrado durante o júri indicaria que o réu assistiu ao momento em que a jovem foi assassinada e recebeu pagamento para ajudar a esconder o corpo.
Além disso, o Ministério Público requer a manutenção das sentenças proferidas a Rogério da Silva Amorim e Paulo Ferreira Martins.
O crime – De acordo com o Ministério Público, no dia do homicídio, o empresário Rogério da Silva teria mandado Maiana descontar um cheque de R$ 500 e levar o dinheiro para um chacareiro. Ela foi ao banco com uma motocicleta que tinha ganhado do empresário e, depois, se dirigiu à chácara.
O MP aponta que Paulo Ferreira teria matado a adolescente na chácara e depois colocado o corpo dela dentro de um carro de passeio e, em seguida, deixado na região da Ponte de Ferro. Os restos mortais da adolescente foram encontrados no dia 25 de maio de 2012, cinco meses após o crime.
Maiana e Rogério mantiveram um relacionamento extraconjugal por aproximadamente um ano e estavam vivendo juntos havia cinco meses, quando o assassinato foi cometido.
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