Diante da constante falta d’água em vários bairros de Várzea Grande, a prefeita Lucimar Campos (DEM) se reuniu nesta segunda-feira (31.08) com o Comitê de Enfrentamento ao Novo Coronavírus (COVID 19) e com toda direção do Departamento de Água e Esgoto (DAE/VG), para a adoção de medidas para mitigar a crise decorrente da falta de chuvas e da redução na capacidade do órgão de promover oferta de água.
Segundo Lucimar, foram cobradas celeridade na Concorrência Pública Nacional, que tem prazo para setembro, que prevê a construção de uma nova Estação de Tratamento e Abastecimento de Água (ETA) no Grande Cristo Rei com investimentos iniciais de R$ 25 milhões, dos quais, R$ 13,7 milhões estão depositados em conta corrente do Tesouro Municipal, recursos da venda das contas municipais para a Caixa Econômica Federal (CEF). Leia mais - Moradores protestam por falta d"água em Várzea Grande
“Essa obra vai garantir o atendimento de toda a região do Grande Cristo Rei, Grande Parque do Lago entre outros bairros e permitirá que as demais três ETAs existentes reforcem o atendimento das demais regiões e bairros de Várzea Grande. A nova ETA quando pronta vai produzir 320 litros por segundo ou 27.648.000 milhões de litros por dia se funcionar 24 horas, enquanto as demais ETAs produzirão 82.920.000 milhões de litros para as demais regiões da cidade”, disse a gestora.
Diante da falta de chuva, também foi acordado outras medidas emergenciais, como a perfuração de poços artesianos em várias regiões da cidade, em parceria com o Governo do Estado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da METAMAT – Companhia Mato-grossense de Mineração e a Fundação Nacional de Saúde - FUNASA. Alguns dos poços já foram perfurados no Distrito Industrial e Capão do Pequi, Santa Maria e Joaquim Curvo desde a semana passada.
Segundo o presidente da METAMAT, Juliano Jorge, os próximos poços a serem implantados serão na Cohab São Matheus e Residencial São Benedito, lembrando que dependendo da vazão dos mesmos outros bairros como o Parque Sabia, Eldorado entre outros também devem ser contemplados e amenizar a situação.
O diretor-presidente do DAE, Ricardo Azevedo Araújo, afirmou que houve crescimento em torno de 35% até 50% no consumo de água em diversos períodos por causa da pandemia. No período, também foi registrado inadimplênciaem de 65%, devido à proibição de corte nos fornecimentos.
Ricardo também justificou que a opção por captar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC do Governo Federal, em 2015, impediu o DAE de traçar estratégias diferenciadas, sendo prejudicados pelas constantes alterações no Governo Federal que deixou de investir mais de R$ 200 milhões na cidade.
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