A primeira semana de 2024 foi registrada oscilação climática em Mato Grosso. Enquanto municípios conhecidos como locais quentes enfrentam um período de intensas chuvas, os prefeitos de outros municípios decretam emergência por falta de chuvas, que tem prejudicado produtores rurais e a saúde dos moradores das regiões.
Em Várzea Grande, por exemplo, a coordenadora da Defesa Civil do município, Cristiane Prado, orienta os moradores da cidade a terem cuidado nesse período de chuva, em especial nos temporais, e se abrigarem em locais seguros. Segundo a coordenadora, não é recomendado as pessoas ficarem expostas nas chuvas, próximos de locais com queda de árvores e dentro de carros, especialmente em lugares que existe possibilidade de alagamento.
“Nestes casos, deverá abandonar imediatamente o veículo e procurar abrigo. Em casos de quedas de árvores, é recomendado evitar tocar nelas, pois podem estar energizadas”, explica Cristiane.
Enquanto municípios como Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães sofrem com os riscos das quedas de energia, arvores, alagamentos e deslizamentos, como o trecho do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, devido às intensas chuvas.
As cidades de Sorriso, Juara, Comodoro, Confresa e Cocalinho, por exemplo, estão sendo duramente afetados com a escassez da chuva, causando danos no setor da agricultura intensiva e familiar, pecuária, bem como de forma geral nas propriedades rurais.
Como medidas de urgências para evitarem os impactos negativos nas economias dos municípios e aos danos à saúde dos moradores, os prefeitos das citadas cidades, decretaram emergência por períodos de até 180 dias.
Consta do decreto n.º 04/2024, publicado nesta sexta-feira (05.01), que o prefeito Rogério Vilela Victor de Oliveira, de Comodoro, decretou emergência por um período de 90 dias "Fica declarada situação de emergência no Município de Comodoro–MT, decorrente da existência de situação anormal em virtude de estiagem climatológica, classificada e codificada como SECA – COBRADE 1.4.1.2.0." cita a decisão do documento.
O prefeito de Comodoro, Rogério Vilela Victor de Oliveira, decretou na sexta-feira (04.01), estado de emergência por 90 dias devido à estiagem climatológica, classificada como seca pelo COBRADE 1.4.1.2.0.
Na última quinta-feira (04), o prefeito Cocalinho, Márcio Conceição Nunes de Aguiar, publicou o decreto n.º 2.392/2023, citando que desde o segundo semestre de 2023, o município sofre com a ocorrência de seca grave, devido a exaurimento hídrico causado pelo regime irregular das chuvas em toda região da cidade.
Já na última terça-feira (02), os prefeitos dos municípios de Sorriso, Juara e Confresa já haviam decretado a situação de emergência nas áreas afetadas pela falta de chuvas.
Os decretos também citam as ondas de calor que trazem expressivos prejuízos econômicos e sociais, com a redução na produção.
Para evitar problemas de saúde, a Defesa Civil Nacional orienta os moradores dos municípios afetados pelas secas a beber bastante água, mesmo se estiver sem sede, evita atividades físicas ao ar livre e exposição ao sol das 10h às 17h; evita banhos com água quente para não potencializar o ressecamento da pele; uso de umidificadores de ar em casa e no trabalho. Em caso de problemas respiratórios, procure um posto médico.
Já no caso de incêndio em mata ou floresta, a recomendação é acionar o Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199) ou Polícia Militar (190).
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