Doze linhas de micro-ônibus foram retiradas nessa segunda-feira (04.09) de circulação em Cuiabá. O recolhimento dos veículos foi feito pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) em cumprimento às sentenças proferidas pelo juiz Marcio Guedes, da 2ª Vara Especializada em Fazenda Pública, que acatou pedido feito pelas empresas Pantanal e Integração.]
As ações foram movidas contra a Prefeitura de Cuiabá e a Procuradoria do Município ingressou com recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso com pedido de suspensão das sentenças para garantir que os micro-ônibus continuassem a circular na capital e não houvesse prejuízo à sociedade.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Público Alternativo de Passageiros do Estado de Mato Grosso (Seta), Marco Aurélio Sales, ressaltou que os micro-ônibus que estão sendo retirados de circulação são adaptados para atender deficientes enquanto que os ônibus não possuem essa adaptação e estão irregulares por terem mais de dez anos de uso estão sendo colocados para circular.
Alguns bairros já vinham sendo prejudicados sem micro-ônibus, devido à Semob ter retirado de circulação oito veículos. A Associação de Usuários do Transporte Coletivo do Estado de Mato Grosso (Assut) já protocolou na Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá ofício em que requeria providências em relação às reclamações dos usuários e presidentes de Associações de Moradores em relação à extinção de duas linhas que atendiam os bairros Jardim Itamaraty, CPA 3 e Planalto.
A ausência destas linhas já vinha trazendo sérios transtornos à população da região. Com a retirada de mais 12 linhas, são mais de 17 mil pessoas prejudicadas diariamente.
“Esta é mais uma tentativa espúria de retirar os permissionários do serviço. Esta já é a quarta vez que estas empresas tentam prejudicar a sociedade, porque mais do que a retirada dos micros das ruas, a população é quem é a principal atingida por esta sentença”, critica Marco Aurelio.
De acordo com o presidente do Seta, o transporte alternativo está há 27 anos em circulação na capital, enquanto os ônibus foram licitados há pouco mais de 15 anos. “Há ainda que se ressaltar que a licitação do transporte público de Cuiabá ainda está suspensa, mesmo já tendo o prazo de validade vencido. Há ainda uma ação que questiona a legitimidade da prorrogação do prazo do certame”, afirmou Sales.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
