O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a tecer críticas, nesta terça-feira (11.08) ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, desta vez, de maneira indireta.
Nesta manhã, em seu perfil pessoal no Twitter, Bolsonaro compartilhou um vídeo em que o comentarista Milton Cardoso, da afiliada da TV Band em Porto Alegre, aparece falando sobre Mandetta, chamando-o, inclusive, de “marqueteiro” e criticando os protocolos estabelecidos pelo ex-ministro no início da pandemia do novo coronavírus.
“O ministro da Saúde, o marqueteiro Mandetta, pregava que o paciente procurasse o hospital quanto estivesse com falta de ar, o que provocou, com certeza, o comprometimento de pacientes que poderiam ter evitado a hospitalização, UTIs e óbitos”, disse.
- Assista com atenção.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 11, 2020
- Vamos salvar vidas.
. YouTube: https://t.co/5MsgCKYf0e pic.twitter.com/2Z7lZe4oHm
Na vídeo, Cardoso ainda afirma que o Supremo Tribunal Federal (STF) “tirou os poderes do chefe da nação” e impossibilitou que Bolsonaro adotasse o isolamento vertical, em que apenas idoso e pessoas pertencentes ao grupo de risco ficariam em quarentena. Quando, na verdade, o STF apenas atribuiu aos prefeitos e governadores a responsabilidade pelas medidas de isolamento.
“Tiraram os poderes do chefe da nação e o preço está aí: desemprego, miséria, suicídios. Empresas e comércios fechando as portas. Violência doméstica, pedofilia, presos sendo libertados, tudo em nome do coronavírus, com o clichê para salvar vidas”, disse.
Cardoso ainda comenta a respeito do uso da hidroxicloroquina e azitromicina no tratamento da Covid-19, medida defendida por Bolsonaro, mesmo sem qualquer evidência científica que comprove a eficácia desses medicamentos contra o coronavírus.
“Jair Bolsonaro defendia desde o início da pandemia o tratamento precoce com azitromicina e hidroxicloroquina. Com 100 mil mortos agora, grande número de prefeitos e governadores decidiram colocar a medicação à disposição da população”.
Por fim, o comentarista ainda declara que Bolsonaro não pode ser responsabilizado por qualquer erro cometido durante o combate ao coronavírus, já que a pandemia é uma “experiência inédita”. “Culpar Bolsonaro por 100 mil mortes é a fotografia da desfaçatez”.
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