por José Marques Braga*
Hoje é 13 de agosto. Comemoram-se o dia do Economista e do médico psiquiatra. Hoje, para completar é 13, sexta-feira de agosto. Para os supersticiosos, uma data muito perigosa. São duas atividades difíceis de compreensão pelo senso comum. Apesar de áreas distintas, há causas e efeitos comuns entre ambas. O ser humano é uma complexidade que varia entre a lógica matemática mensurável à insanidade de buscar sua satisfação das suas necessidades de forma plena. Não sendo possível atingir essa meta, vive na insatisfação contínua e estas, somadas na em coletividade, geram as grandes crises. As crises econômicas sempre antecedem às crises sociopolíticas.
Neste cenário surge a ciência econômica que busca entender e administrar e equação matemática entre a escassez dos bens e serviços capazes de satisfazer as necessidades humanas e a infinidade da insatisfação humana. Sempre haverá reclamações coletivas em relação aos salários pagos, de um lado de quem recebe, do outro de quem paga. E isso se repete nos preços do leite, do feijão, do arroz, dos remédios, de tudo que são necessários na coletividade por parte de quem compra e de quem vende.
Assim nascem os grandes economistas que trouxeram soluções para as crises econômicas de seus tempos. Assim, por exemplo, Adam Smith se preocupou como a Revolução Industrial que afetava a motivação das pessoas e seu sustento econômico, John Maynard Keynes focou a busca pelo fim da Grande Depressão que antecederam as duas grandes guerras mundiais. Acrescenta a estes outros grandes nomes como David Ricardo, Alfred Marshall, Irving Fisher, Joseph Schumpeter, Friedrich Hayek, Joan Robinson, Milton Friedman, Douglass North e Robert Solow.
Adam Smith, O escocês, pai do capitalismo, foi o primeiro a explicar conceitos econômicos como preço, produção, distribuição, finanças públicas, comércio internacional e crescimento econômico. Smith não apenas explicou como funcionava a nova economia industrial, mas também como ela afetava os trabalhadores. Assim como outros economistas incluídos no seu livro, seus pensamentos seguem sendo relevantes ainda hoje. Suas teorias continuam servindo para entender como funciona o mercado e o papel do Estado. Ajuda a entender quando devemos estar preocupados e como devemos entender a balança comercial e os déficits comerciais, coisas que ainda são debatidas hoje.
A desigualdade social, no final do século XIX, era o tema que despertava o britânico Alfred Marshall, professor da Universidade de Cambridge, que se dedicou a refletir sobre como eliminar a disparidade salarial sem afetar a prosperidade econômica. Em1890, Marshall enfatizou que as diferenças de renda são um fator-chave que condicionam o desenvolvimento econômico. E para entender como melhorar a distribuição da riqueza, tentou transformar a economia em uma ciência prática, buscando formas de influir nos movimentos do mercado para que melhorasse o rendimento do capital e o bem-estar social geral, concomitantemente.
Também no mesmo sentido, a economista britânica Joan Robson destaca o problema dos baixos salários. Um pouco diferente de Marshall, essa foi uma das primeiras pessoas que analisou o fenômeno como fator de atraso na economia. É a contradição do sistema, produzir muito sem consumidores, geram crises para a própria economia produtora. Analisando o que ocorreu depois da Grande Depressão, Robinson criou o modelo de "competência imperfeita", que ajuda a explicar por que o mercado de trabalho funciona de forma defeituosa, gerando baixos salários e desemprego. Robinson mostrou que quando há monopólios, as empresas podem explorar seus trabalhadores, reduzindo seus salários. Como solução, propôs introduzir concorrência, para que qualquer empresa que explore um trabalhador corra o risco de perdê-lo para outra empresa.
David Ricardo, o Inglês nascido em Londres, trata da distribuição do produto gerado pelo trabalho na sociedade. Isto é, segundo Ricardo, a aplicação conjunta de trabalho, Recursos Naturais (Terra) e as Máquinas, fábricas (capital), no processo produtivo, geram um produto que satisfazem necessidades humanas, o qual se divide entre as três classes da sociedade: proprietários de terra (sob a forma de renda da terra), trabalhadores assalariados (sob a forma de salários) e os arrendatários capitalistas (sob a forma de lucros do capital). O papel da ciência econômica seria, então, o de determinar as leis naturais que orientam essa distribuição, como modo de análise das perspectivas atuais da situação econômica, sem perder a preocupação com o crescimento em longo prazo. Com esse princípio econômico, ele cria as vantagens comparativas absolutas e relativas que consiste na divisão internacional da economia. Isto quer dizer que cada País- nação tem suas facilidades em determinadas produções e por isso devem se especializar de acordo com suas afinidades e ofertas dos fatores de produção de cada região em sua produção com maior produtividade.
Milton Friedman nasceu em Nova Iorque EUA, economista, estatístico e escritor norte-americano, que lecionou na Universidade de Chicago por mais de três décadas. Ele recebeu o Prémio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel de 1976. Ele criou durante a década de 1960, a política macroeconômica alternativa conhecida como "monetarismo". Ele afirmou que existia uma taxa "natural" de desemprego e defendeu que os governos somente poderiam aumentar o nível de emprego acima desta taxa aumentando a demanda agregada e causando uma aceleração da inflação. Embora se opusesse à existência do Federal Reserve System (Banco central dos EUA), Friedman defendeu que, dado que ele existia, uma pequena expansão estável da oferta monetária era a única política a ser tomada.
John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, Reino Unido, em 05 de junho de 1883, este foi um Economista Britânico cujas ideias mudaram fundamentalmente a teoria e prática da macroeconomia, bem como as políticas econômicas instituídas pelos governos. Ele fundamentou as suas teorias noutros trabalhos anteriores que analisavam as causas dos ciclos econômicos, refinando-as enormemente e tornando-se amplamente reconhecido como um dos economistas mais influentes do século XX e o fundador da macroeconomia moderna. O trabalho de Keynes é a base para a escola de pensamento conhecida como keynesianismo, bem como suas diversas ramificações.
Foi na grande crise na década de 1930, que Keynes iniciou uma revolução no pensamento econômico, opondo-se às ideias da economia neoclássica que defendiam os mercados livres e que estes ofereceriam, automaticamente, empregos aos trabalhadores contanto que eles fossem flexíveis na sua procura salarial. Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as ideias econômicas de Keynes foram adotadas pelas principais potências econômicas do Ocidente. Durante as décadas de 1950 e 1960, a popularidade das ideias keynesianas refletiu-se na influência de seus conceitos sobre as políticas de grande número de governos ocidentais.
A partir de 1960, surgiram as críticas de economistas como Milton Friedman e outros economistas liberais pessimistas em relação à capacidade do Estado de regular o ciclo econômico com políticas fiscais. Entretanto, o advento da crise econômica global do final da década de 2000 causou um ressurgimento do pensamento Keynesiano. A economia keynesiana forneceu a base teórica para os planos dos presidentes norte-americanos Franklin Delano Roosevelt e Barack Obama, do primeiro-ministro britânico Gordon Brown e de outros líderes mundiais para evitar a ocorrência de uma Grande Recessão nos moldes da crise de 1929. Atualmente, com a crise da pandemia, o COVID 19, o keynesianismo está em pleno vapor em toda economia mundial. Os chamados liberais estão todos mudos.
Em 1999, a revista Time nomeou Keynes como uma das 100 pessoas mais influentes do século XX, dizendo que "sua ideia radical de que os governos devem gastar o dinheiro que não têm, pode ter salvado a economia da localidade temporariamente". Keynes defendeu uma política econômica de estado intervencionista, através da qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos - recessão, depressão e booms.
Além de economista, Keynes era também um funcionário público, um patrono das artes, um diretor do Banco da Inglaterra, um conselheiro de várias instituições de caridade, um escritor, um investidor privado, um colecionador de arte e um fazendeiro.
No meu conceito de economista de ideias keynesianas, considero como sendo o melhor economista de todos os tempos. Não foi um especialista de uma só teoria, mas com muitas competências e ações. Sua teoria macroeconômica explica com muita eficácia, as causas e efeitos na cadeia produtiva da economia, tendo o Estado como o principal avalista do funcionamento da economia, a função pública tem efeitos benéficos em toda população, a arte continua sendo a forma romântica de tratar assuntos difíceis, as ações sociais faz um mundo melhor, escrever continua sendo a melhor forma de registara a história e seus valores eficazes de cada tempo, os investidores privados, seja no setor rural, indústria ou serviços , tem papel fundamental na sociedade , à tecnologia é um novo fator de produção que se tornou fundamental no sucesso de qualquer economia, os bancos são necessários para os investimentos públicos e privas e na geração de emprego.
E, sobretudo, nesta cadeia da economia, precisamos de Governos Capazes de entender essa engrenagem toda para que haja funcionamento efetivo e integrado da economia. E finalmente, digo o porquê do título em inglês. A ciência econômica é britânica e funciona melhor nessa linguagem.
Have a good weekend and may GOD inspire our people to understand rational economcs and choose BETTER who manages our taxes. This way WE CAN stop doing crazy thinngs in our collective. Para dá sorte. Afinal, é sexta feira 13 de agosto. MY GOD.
*José Marques Braga é economista - Corecon 883 - 14ª Região
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