O presidente estadual do DEM, deputado federal Fábio Garcia, afirmou que deixou o PSB por ser contra caminhar com o PT, que o Brasil precisa de reformas “profundas”, mas que isso só irá acontecer se for elaborada uma nova Constituição por pessoas interessadas em mudar o país e não em voto. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (14.05), durante entrevista ao VG Notícias no Ar.

O parlamentar iniciou a entrevista relatando que já enviou mais de R$ 26 milhões de emendas parlamentares para Várzea Grande, sendo R$ 25 milhões para pavimentação asfáltica, R$ 1,5 milhão na área da Saúde e R$ 260 mil na parte da agricultura familiar. “Já foi aprovado R$ 15 milhões que serão liberados para recuperação e pavimentação de ruas e avenidas do município. Em breve a Prefeitura receberá este recurso”, revelou o democrata.

Sobre as bandeiras que defende no Congresso Nacional, o deputado explicou que a principal é reduzir o valor da tarifa de energia elétrica. Conforme ele, a carga tributária e outros subsídios da conta da energia elétrica, faz com que a tarifa seja o valor fora da realidade econômica da população brasileira.

“Minha maior luta na Câmara dos Deputados é reduzir o valor da tarifa de energia elétrica”, afirmando que por meio de projeto de lei conseguiu acabar com desigualdade no encargo social da tarifa da energia elétrica.

Segundo ele, existe em tramitação na Câmara dos Deputados outro projeto que tem como objeto possibilitar que o cidadão escolha a empresa que desejar comprar a energia elétrica. “O cidadão poderá escolher a empresa que quiser a energia. Ele poderá negociar valores, e isso representará um ganho ao consumidor. Uma revolução no setor da energia elétrica, e isso representarão mudanças significativas”, declarou.

Na entrevista, o deputado disse que deixou o PSB porque a sigla nacionalmente decidiu caminhar com o PT. “Eu sou contra caminhar com o PT e por isso decidi deixar o PSB. Me recusei aquela ideia do partido e como retaliação abriram processo para me expulsar, logo me filei ao DEM”, disse Garcia.

Sobre o DEM, Fábio pontuou que “não manda no partido” e que todas as decisões são adotadas de forma democrática. “Acabou com aquela política de o partido ter dono. Isso torna o partido mais forte. Temos que aliar a juventude com a experiência daqueles que já estavam na política”.

Garcia citou que os Democratas têm bons nomes, como do ex-prefeito Mauro Mendes e Jaime Campos, mas que uma pesquisa será realizada, com sete nomes de pessoas filiadas a legenda, para saber como a sigla vai caminhar nas eleições de 2018 – no caso, para o cargo a majoritária (governador).

“Pesquisa é importante para tomarmos a melhor decisão de como vamos caminhar, e nós temos pessoas que já foram governadores e podem nos ajudar muito a escolher o caminho que o DEM irá adotar no pleito eleitoral deste ano” disse.

Sobre a candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), Fábio Garcia afirmou que o democrata não lançou pré-candidatura apenas como “balão de ensaio” e que ela “é para valer”. “A candidatura do Rodrigo é para valer. Não é uma candidatura que vai naufragar”, declarou.

Quanto à relação com o governador Pedro Taques (PSDB), o presidente do DEM em Mato Grosso frisou que os Democratas têm ajudado a governabilidade do tucano, mas que na questão política, o DEM está construindo uma candidatura própria ao governo do Estado.

Fábio, ao falar do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), ele disse: “Não consigo conversar com uma pessoa que já tem uma postura definida, até porque, nós temos o projeto de lançar candidato próprio”.

Ao VG No Ar, o deputado defendeu a modernização da gestão pública, e afirmou que é preciso mudar a forma de fazer política.

“As pessoas não querem a política do tapinha nas costas. As pessoas querem aqueles que falam: isso dá para fazer, isso não. Precisamos de pessoas que tenha capacidade de sentar com todos os Poderes para discutir o Estado. A gente não pode conviver no Estado que cresce tanto, mas que não tem capacidade de pagar suas dívidas e seus gastos. Precisamos construir um Estado mais eficiente, mais simples, mas empreendedor, mais enxuto. E temos que acabar com desigualdade social para redistribuir melhor a riqueza do nosso Estado”, defendeu o democrata.

Garcia afirmou defender a elaboração de uma Constituição que faça reformas “profundas” no país. “A Constituição de 1988 não cabe mais no Brasil. Não cabe mais o valor da máquina pública. É preciso realizar as reformas. É preciso uma nova constituinte, mas que seja elaborada por pessoas que não estejam preocupadas com o voto”.

O deputado declarou ser a favor do armamento, mas que as pessoas passem pelo processo de capacitação. “As pessoas podem ficar mais inseguras porque qualquer um poderia andar armado. Uma pessoa em briga de trânsito pode sacar uma arma e atirar contra a pessoa. Agora, na questão da propriedade privada, como na fazenda que pode demorar horas pela chegada da polícia, eu defendo o armamento, mas com capacitação”.

Questionado sobre o aborto, Garcia disse que é contra. Sobre a Reforma Previdenciária, o deputado disse que defende uma “reforma justa e com segurança jurídica”.

Ao final da entrevista, Fábio criticou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) na questão de aplicação dos recursos destinados ao Novo Hospital Pronto-Socorro de Cuiabá.

“O prefeito de Cuiabá sentou em cima do processo licitatório, ele tem R$ 80 milhões em recursos para equipamentos e licitou apenas R$ 22 milhões. Ele demostra estar inerte na questão dessa obra”, criticou o parlamentar.

Além disso, ele comentou que tem sonho de ser prefeito de Cuiabá, mas que esse momento ainda não chegou.

 

 

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