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VGNE Sexta-feira, 26 de Abril de 2024, 11:00 - A | A

Sexta-feira, 26 de Abril de 2024, 11h:00 - A | A

na uff

Cotista aprovado em jornalismo tem matrícula rejeitada por falta de áudio em vídeo de autodeclaração

Ele foi aprovado em 3º lugar no Sisu através do sistema de cotas para candidatos pretos

Redação/VGN

O estudante Allan Pinto Ignácio, 22 anos, enfrentou obstáculos após ter sua matrícula rejeitada entre os cotistas na Universidade Federal Fluminense (UFF). A razão por trás da recusa foi o fato de que o vídeo enviado pelo jovem para comprovar sua autodeclaração como pessoa preta estava sem áudio.

Allan, aprovado em Jornalismo em 3º lugar no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) através do sistema de cotas para candidatos pretos, pardos e indígenas de baixa renda que estudaram em escolas públicas, viu seu sonho de ingressar na universidade ser momentaneamente interrompido devido a uma falha técnica.

A decisão da Comissão de Heteroidentificação da UFF de considerar Allan “inapto” por causa da ausência de áudio no vídeo gerou indignação não apenas nele, mas também na comunidade e nos defensores dos direitos humanos.

O juiz Leo Francisco Giffoni, responsável pelo caso, criticou a rigidez da decisão da comissão, considerando-a “excessivamente rigorosa e desprovida de razoabilidade”. Em sua decisão, o juiz concedeu uma liminar favorável à matrícula de Allan, destacando que o critério identitário/fenotípico deve ser utilizado exclusivamente e que o vídeo deveria servir apenas como uma ferramenta visual para confirmar a autodeclaração do candidato.

Para Allan, a notícia da rejeição de sua matrícula foi devastadora. “Foi a pior notícia que eu já tive na vida. A gente está acostumado a não ter as coisas, a perder, mas quando você conquista, sente que o sonho está na sua mão e do nada, por uma coisa tão boba, alguém vem e tira isso de você, é muito triste”, desabafou.

Apesar da decisão liminar concedida em abril, Allan enfrentou três meses de incerteza e preocupação até que finalmente teve sua matrícula confirmada pela UFF. A situação levantou questionamentos não apenas sobre a eficácia dos processos de heteroidentificação, mas também sobre a importância de garantir o acesso igualitário à educação superior para todos os estudantes, independentemente de sua origem étnico-racial.

Agora, com sua matrícula finalmente assegurada, Allan espera poder focar em seus estudos e contribuir para a diversidade e inclusão dentro da universidade. No entanto, ainda há desafios a serem superados, como a incerteza em relação ao acesso aos benefícios e auxílios destinados aos alunos cotistas. (Com G1)

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