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Política Terça-feira, 18 de Abril de 2017, 14:14 - A | A

Terça-feira, 18 de Abril de 2017, 14h:14 - A | A

Lava Jato

"Tenho certeza que este dinheiro não chegou na minha campanha" diz Blairo Maggi sobre propina de R$ 12 milhões da Odebrecht

Adriana Assunção/Especial VG Notícias

O Ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo Borges Maggi (PP) negou ter participado de qualquer esquema de corrupção, e disse ter ficado surpreso e desconfortável diante das acusações e de ter virado um dos "alvos" da operação Lava Jato. As declarações de Blairo foram feitas nesta terça (18.04), em entrevista concedida à rádio Capital FM.

“Eu afirmei lá atrás e continuo afirmando, não tenho nada a ver com isso, não autorizei ninguém a negociar e tenho certeza que este dinheiro não chegou na minha campanha, até porque, nunca ninguém que estivesse próximo de mim comentou algo a respeito desse assunto” declarou.

O ministro ainda afirmou, que jamais esperou constar na lista de "favorecidos" da Odebrecht. “Eu jamais tive relação com esse pessoal, não mandaram dinheiro para mim na campanha, jamais autorizei cobrar dinheiro de ninguém, então pra mim, essa acusação é absolutamente nova, ele (delator) construiu uma narrativa em que parece que eu seja a pessoa a ser investigada, sinceramente não acredito nisso, não há materialidade nisso, eles mesmo admitem que nunca houve contato, eu fui pego totalmente de surpresa, estou absolutamente derrotado internamente”, desabafou Maggi.

Blairo também negou qualquer participação do então secretário de Estado, Eder Mores em sua campanha eleitoral a reeleição em 2006. “O Eder não tinha absolutamente nenhuma participação na campanha eleitoral, ele nunca fez parte de nenhuma comissão, nunca fez parte de arrecadação, de organização, enfim ele não tinha qualquer função dentro da campanha eleitoral em 2006" garantiu.

Eder na época da campanha eleitoral, exercia a função de secretário de Estado foi acusado no depoimento pelo o ex-executivo da Odebrecht João Antônio Pacífico Ferreira, e um subordinado dele, Pedro Augusto Carneiro Leão de ter cobrado R$ 12 milhões da Odebrecht para campanha à reeleição em 2006, sob a condicionante, de que, caso o governo Federal pagasse dívida referente à divisão do Estado de Mato Grosso, referentes a gastos com questões previdenciário, o Estado pagaria a Odebrecht.

Maggi admite ter existido reunião na qual foi cobradas dívidas do Estado com a Odebrecht, mas negou ter existido qualquer condicionante, na ocasião, segundo ele disse aos representantes que não pagaria a dívida por falta de recursos, “eu lembro que nós conversamos uma vez sobre pagamento, eu disse, não temos condições, não vamos fazer”.

O ministro afirmou que na própria petição existe um documento assinado, pelo então secretário Vilseu Marchetti (in memoria), onde ele assumi uma dívida de R$ 21,371,138 à companhia, que seria pago em sete parcelas, a partir de dezembro de 2006. De acordo com Maggi, nem os números, nem os valores batem com o período eleitoral de sua campanha.

Questionado se tinha designado o ex-secretário de Estado de Infraestrutura, Luiz Antônio Pagot, a representá-lo, para tratar das negociações sobre as dívidas de Estado com a Odebrecht, Maggi disse achar que não, por se tratar de temas diferentes. “São duas coisas diferentes, estamos falando de uma comissão que foi estabelecida para buscar ressarcimento da União, das questões de Mato Grosso, no depoimento, eles deixam claro que tanto eu, como Pagot, não aceitamos fazer o pagamento, nós não tínhamos recursos, portanto se encerra por aí.”

O pepista intimou os delatores a comprovarem seus depoimentos nesta segunda fase do processo, “uma coisa é um delator vim e dizer algo, e a outra coisa é você efetivamente comprovar o que aconteceu, daqui para frente é verificar, vão aprofundar as investigações, obviamente vão ouvir pessoas, vão buscar materialidade das coisas e vai haver várias etapas das investigações, eu espero sinceramente já sair dessa investigação já na primeira etapa" pontuou.

 

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