O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, na Assembleia Legislativa, deputado estadual, Wilson Santos (PSDB), afirmou que depoimento do empresário do ramo de combustível, Gércio Marcelino Mendonça Júnior, na tarde dessa quinta-feira (29.07), confirmou que Mato Grosso perde aproximadamente R$ 500 milhões por ano com sonegação de impostos no setor de combustível.
Segundo o parlamentar, este fato já havia sido denunciado pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindpetróleo) Aldo Locatelli, em outra ocasião.
“Ele confirmou que há meio bilhão aproximadamente em sonegação só no setor de combustível em Mato Grosso, já tínhamos o presidente do Sindpetróleo confirmando isso, agora vem aqui o maior dono de posto de combustíveis da região metropolitana da Capital, e confirma também que so no setor de combustíveis o Estado perde quase R$ 500 milhões por ano, então a CPI tem que aprofundar nas investigações”, destacou.
Wilson explicou que além dos postos, a Comissão também vai investigar as usinas e distribuidoras. “Ele citou e sugeriu que mergulhássemos nas distribuidoras e é claro que nós vamos investigar as usinas, produtoras de álcool, na ponta, nos postos. Ele nos trouxe contribuições importantes para os trabalhos”, disse.
Como Mendonça relatou que laranjas são usados em postos de gasolina para lavar dinheiro, Wilson assegurou que logo trará a tona o nome dessas pessoas e vai apontar os postos irregulares na região.
“Já designei a trazer o nomes desses laranjas, há mesmo de 8 a 15 postos só na grande Cuiabá de laranjas que não têm licença da Agência Nacional de Petróleo, não têm licenças ambientais da Sema, não têm alvará da Prefeitura, não têm alvará de Corpo de Bombeiros, atuam em nome de terceiros”.
Junior Mendonça tem 10% de todos os postos de Cuiabá e Várzea Grande e sobre ele, segundo o deputado, havia questionamentos e uma série de dúvidas sobre o seu crescimento vertiginoso e rápido, e se ele deslocava recursos de outras empresas do seu grupo para redes de combustíveis.
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