Cerca de 90 servidores da Prefeitura de Várzea Grande ameaçam “cruzar os braços” e paralisar os serviços de limpeza urbana e tapa-buraco no município, na próxima segunda-feira (28.12), por não receberem integralmente o 13 ° salário.
Os funcionários da Secretaria de Obras do município entraram em contato com o VG Notícias e denunciaram que a administração municipal pagou apenas o 13° salário referente há 30 dias, se negando a pagar os 11 meses trabalhados em 2015.
“Eles exoneraram fiscal de tapa-buraco, coordenadores e até os garis no dia 30 de novembro, e realizou a recontratação no mesmo dia. Agora eles pagaram o 13° salário apenas os 30 dias trabalhados de novembro até hoje. Os demais dias não foram pagos. Eles fizeram uma manobra para não pagar o que é devido do servidor”, denunciou um funcionário da Secretaria de Obras que não quis se identificar temendo possíveis represálias.
Os servidores relataram que já procuraram a secretária de Administração do município, Vivian Pires, para cobrar o pagamento do 13° salário, mas ela informou que o valor não será repassado.
“Muitos pais de família receberam apenas R$ 80,00 de 13°. Eles aguardavam esse dinheiro para pagar contas, e agora como eles irão fazer. O que se faz com R$ 80,00? O mais revoltante que a secretária Vivian disse que não vai pagar nada. Estamos revoltados e pensando em entrar em greve na segunda-feira”, declarou outro servidor da Secretaria de Obras.
A reportagem do VG Notícias entrou em contato com a secretária de Administração, Vivian Pires, e ela informou que o pagamento dos demais meses não será realizado porque os servidores foram exonerados de uma estrutura administrativa e nomeados em uma nova.
“A partir do momento da exoneração de uma estrutura o servidor perde o vínculo funcional consequentemente perdesse o direito do 13º salário do período tendo assim apenas o direito de receber verbas rescisórias. Com a nomeação em uma nova estrutura ele passa a ter um novo vínculo e consequentemente passará a receber o 13° salário a partir daquela data”, explicou a gestora.
Conforme ela, apenas 18 servidores teriam sido exonerados da Secretaria de Obras e nomeados na Unidade Executora Local (UEL) criado para acompanhar a execução das do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no município.
Além disso, Vivian destacou que não participou da elaboração e nem criação do UEL - que provocou o desligamento dos servidores da Secretaria de Obras fazendo com que perdesse direito ao 13° salário.
“Não participei da elaboração e nem criação dessa estrutura foi a Secretaria de Obras e de Governo. Eles deveriam ter se atentado a isso. Eu apenas recebi a lista com as exonerações e as nomeações para a nova estrutura”, explicou.
Apesar disso, a secretária garantiu: “Quero deixar claro que a Secretaria de Administração irá autorizar o pagamento de verbas rescisórias destes servidores, a qual eles têm direito. O pagamento será feito no momento em que os pedidos receberem pareceres favoráveis da Procuradoria”, finalizou Vivian.
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